domingo, agosto 21, 2005
Santificado seja o vosso nome
Uma vez me contaram a história de um homem, de um homem santo, que viveu há muito tempo. Disseram-me que ele era o filho do Deus pai criador do céu e da Terra, ou até mesmo a encarnação do todo poderoso. Depois me contaram como ele morreu e disseram-me que meu dever era louvar esse tal homem, homem santo que morreu pendurado em uma cruz de madeira e com espinhos na cabeça, Escreveram um livro grande e grosso contando a sua história e disseram que tal livro deveria ser a lei universal para todo o homem que quer ser salvo após a morte e que louva o tal homem morto na cruz apenas para salvá-los, então chamaram tais homens de Cristãos. E aqueles homens que acreditam apenas na primeira metade de do tal livro sagrado e não acreditam no tal homem filho de Deus, chamaram de Judeus e sobre todos eles jogaram a culpa daquele que uma vez traiu mas se arrependeu. E os homens seguidores do filho de Deus resolveram que os Judeus deveriam morrer. Muitos morreram em nome do filho de Deus e muitos ainda hoje louvam o filho de Deus. Homem santo o filho de Deus, veio ao nosso mundo para nos salvar, tentou fazer com que parássemos de louvar os deuses que não compreendemos e matar em nome dos deuses que não entendemos apenas para aprendermos a amar uns aos outros. Pobre homem, hoje deve estar chorando, vendo frustrado todo o seu trabalho ir por água abaixo, vendo ele mesmo ser louvado, por aqueles a quem pediu nenhum louvor, vendo pessoas mortas em seu nome, vendo seus irmãos brigarem entre si e venderem a salvação por dinheiro. Eu tenho pena desse tal homem, em vez de louvá-lo sou solidário a esse triste homem que hoje mistificam e o tornam causador e salvador de todo o sofrimento terrestre. Coitado seja esse homem, deturparam vossa palavra e santificaram vosso nome.
Beijos e
Boa Sorte...
Escrito por
uma bolinha de pelos chamada:Matheus Stefan
Hora:12:30:00 PM| |
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sábado, agosto 13, 2005
Segunda carta ao esquecido...
Caro esquecido, julgo que ainda deve se lembrar que existo, apesar de te dar motivos para duvidar seriamente disso, hoje posso dizer-lhe com certeza que aqui estou, existindo, e presente, mesmo que isso não seja muito verdadeiro, ainda acredito que posso fazer parte de um presente. Presente... Isso parece algo meio ilógico para mim, vivo a falar que estou presente, que vivo um presente, mas quando paro e começo a enxergar com olhos mais aguçados do que aqueles que normalmente me vestem em minha rotina diária, percebo que não mais possuo um presente ao qual me ligar, ao qual me prender, pois vivo de passados, passados rotineiros, passados passageiros, muitos passados que preenchem a minha vida por completo e se mostram muito mais presentes do que meu próprio presente, porém ainda são passados. Talvez isso seja normal da vida, viver coisas que duram, que podem ser consideradas presentes e passados ao mesmo tempo, e tornam a sua vida mais aconchegante, pois elas não mudam quando reviravoltas resolvem atormentar os barcos ociosos de nossos espíritos, ou talvez isso seja um presente, um talismã que me protege quando meus maiores medos resolvem materializar-se no meio de meu caminho, tornando meu trajeto mais difícil. Logo, meu amigo, contar-te sobre meu presente nessa carta seria discorrer sobre tudo aquilo que não mudou, que resolveu ficar ao meu lado enquanto eu mesmo mudava, internamente e externamente. Falaria para você sobre os mesmos rostos que me cercam desde épocas remotas onde tudo parecia triste para mim, diante de sorrisos falsos e sorrisos de carinho que confortavam meu coração desacreditado, as mesmas mascaras que me enganaram uma vez tentam continuar em sua falsidade inerte, e o mesmo abraço quente que um dia salvou meu coração do frio tenta me alegrar em seu jeito doce de ser que naturalmente me conquistou. Nada disso para ti parece ser novo, mais a minha lembrança fraca fez com que isso se torne cada dia mais novo, pois um dia que me afastei, ou me afastaram, não sei, serviu para me dar saudades e quase me fazer esquecer daquilo e daqueles que realmente fazem parte da minha vida, quase me entreguei ao canto de uma sereia e deixei meu corpo ser levado rumo a um trágico fim, mas felizmente o canto da sereia cessou antes que o pior acontecesse e agora posso me sentir livre para viver meu passado e meu presente. Agora estou vivendo, como sempre gostei, preso nas correntes imaginárias que eu mesmo crio e não no corpo envolvente de uma anaconda possessiva, acreditando em meus próprios sonhos e ilusões que voltaram a minha cabeça quando me reencontrei, quando finalmente encontrei meu coração que estava perdido em algum lugar desse passado um dia esquecido.
Beijos e
Boa Sorte
Escrito por
uma bolinha de pelos chamada:Matheus Stefan
Hora:4:45:00 PM| |
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domingo, agosto 07, 2005
Quando um novo dia deve nascer...
A noite estava fria, mas eu me sentia quente, meu coração batia junto com aqueles que estavam ao meu lado e me mostravam que eu também sou importante para eles assim como eles são para mim. Talvez não tenha sido completo e poderia ser melhor, só que isso eu nunca saberei, somente sei que a noite durou como uma noite que nunca irá acabar para mim. Agora o sol já se mostra quente no outro lado do céu e minha vida me chama para continuar vivendo, e eu sigo meu caminho assim como o sol dita, para não continuar vivendo as incertezas que uma vez tomaram conta do meu coração eu devo continuar seguindo, rumo a um destino incerto e confuso que me leva para frente, para um novo dia que sempre irá nascer.
Beijos e
Boa Sorte...
Escrito por
uma bolinha de pelos chamada:Matheus Stefan
Hora:4:09:00 PM| |
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