segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Coração de Barro
Inconsciente eu me encontro... Para um mundo que não me vê, não me sente, não conseguem perceber quem sou, sou um corpo morto e a água deste rio não parece mais fria do que minha pele. Sob um céu púrpuro desfigurado nuvens avançam em sentidos contrários, em mundos paralelos, dançam e somem na velocidade que o vento deseja em sua natureza caótica de ser, e o sol se esconde em sua pobre beleza não admirada que magnificamente se torna desprezível e o doce ser que nos observa de longe já não é mais o mesmo, ele chora em prantos por aquilo que não fez, por aquilo que não fiz, homem de muitos medos que não se deixa ser levado pelo vento e ser tocado pelo caos, o incomodo já não é mais o mesmo, a dor já se esvai entre meus dedos que deixam qualquer sentimento dez esperado se acabar como poeira ao vento embora não tenha mais forças para agarrar os poucos raios de sol que tocaram meu rosto e me disseram que tudo não estava acabado. E agora, acabou? Não está tudo escuro como deveria ser, não estou dentro de minha consciência brigando eternamente comigo mesmo pelos murros que não dei, pelos amores que não vivi, pelas lágrimas que não chorei, pelos berros que não gritei... Pela vida que não vivi... E agora muitos passam, muitos me vêm, mas ninguém me percebe, ninguém quer saber o que eu sou, ou o que me tornei... Um pedaço de pedra que vê os outros sorrirem, chorarem e ganharem um mundo que é deles, enquanto eu me perco em lembranças que não deveriam ser minhas... Isso será a morte? A punição por quem eu não fui? O que eu sou agora? Apenas um nada no meio de tudo, um ser vivo sem vida, um ser amante sem amor...
Beijos e
Boa Sorte
Escrito por
uma bolinha de pelos chamada:Matheus Stefan
Hora:12:52:00 PM| |
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